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O scouting é uma área de futuro para atuais jogadores
Daniel Barreira, scout do FC Barcelona, sobre a formação online realizada na sexta-feira.
A terceira ação de formação online promovida pelo Sindicato dos Jogadores, sobre scouting e identificação de talentos, decorreu na sexta-feira, com cerca de 90 participantes. A sessão esteve a cargo do formador Daniel Barreira, scout do FC Barcelona e professor universitário.
Daniel Barreira dividiu a sua apresentação em quatro pontos, explicando aos participantes o que é e para que serve o scouting, quais as etapas em que se desenvolve o processo, como analisar um jogador e como se utiliza a informação recolhida.
Em declarações ao site do Sindicato dos Jogadores, Daniel Barreira considera que a formação online foi bem-sucedida: “As questões colocadas foram interessantes e pertinentes. Existiu uma transmissão efetiva de conhecimentos entre as pessoas que participaram no evento.”
A formação online teve dois objetivos principais: dar a conhecer aos participantes o que é o scouting, quais os possíveis trabalhos que um analista pode ter e que caminhos pode seguir, e, mostrar aos jogadores e treinadores que há muitas opções que podem ser feitas, nomeadamente ao nível da análise de jogadores.
Questionado sobre as mais-valias que os participantes retiraram desta formação, Daniel Barreira é perentório: “O scouting é uma área de futuro para atuais jogadores, uma vez que devido à situação provocada pela Covid-19, os clubes terão poucos recursos financeiros. Esta área permite investir para poder ter um retorno desportivo e financeiro de grande êxito. Aquilo que os participantes terão retirado foram bases, no sentido de poder desempenhar esta profissão no futuro.”
A ausência de público nos estádios de futebol, nos próximos tempos, vai condicionar o trabalho de um scout, como explicou Daniel Barreira: “O trabalho do scout é condicionado pela ausência de possibilidade de ver os jogadores em contexto real. Não existe a mesma capacidade para sentir o jogador, como se tem num jogo ao vivo. Estamos condicionados pela pessoa que está a filmar e o nosso trabalho terá de ser adaptado, como um jogador terá de adaptar a sua forma de jogar, em função da ausência de público. Esperamos que esta situação seja o mais curta possível porque o nosso trabalho não poderá ser feito com a mesma qualidade. Ainda assim, uma parte grande do trabalho para esta época já se encontrava feito em março, aquando da interrupção das competições. Desde agosto que houve avaliações feitas ao vivo.”
Esta foi a terceira ação desenvolvida pelo Sindicato, inserida num ciclo que envolve mais uma formação: esta terça-feira, dia 2, Paulo Rossas, creative and social media consultant, será o formador de “Social Media e os Jogadores”, entre as 17h00 e as 19h00.