Contexto

O Sindicato dos Jogadores (SJ), com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol e em convergência com diferentes instituições do sistema desportivo e do sistema educativo, apresenta o Programa de Educação e Formação dirigido ao jogador de futebol.

Este Programa é o culminar de um esforço que se vem prolongando desde há anos, representando também, pela sua dimensão, o corolário do caminho entretanto percorrido.

Por esse motivo, o mesmo pretende dotar de articulação e coerência as diferentes iniciativas já levadas a cabo, integrando outras que buscam robustecer a sua intervenção e a missão de promover a formação e requalificação de todos os jogadores de futebol.

Objetivos

O Programa de Educação e Formação dirigido ao jogador de futebol pretende dotar de articulação e coerência as diferentes iniciativas já levadas a cabo, integrando outras que buscam robustecer a sua intervenção e a missão de promover a formação e requalificação de todos os jogadores de futebol. Assenta em cinco objetivos fundamentais:

1. 1.       ORIENTAÇÃO.
   
   No sentido de assegurar a segurança laboral dos jogadores, uma das principais preocupações do Sindicato passa por fomentar e desencadear um intenso processo formativo que promova a qualificação dos jogadores, estimulando à aquisição de ferramentas que permitam fazer frente à iminente transição profissional. Neste sentido, é objetivo do Sindicato encaminhar os jogadores para a realização de formação qualificada, realizar oferta própria certificada e dinamizar incentivos que suportem a participação do jogador nas formações do seu interesse.
   
   2. “DUAL CAREERS”.
   
   Ao abrigo de medidas e políticas recentemente promovidas pela União Europeia para a estimulação e robustecimento de “carreiras duplas” (“dual careers”) dos jovens atletas e dos atletas de alto rendimento, o Sindicato procura formular e adotar ações orientadas para a apresentação de soluções válidas e eficazes para os jogadores profissionais de futebol. Paralelamente, pretendem-se desenvolver as necessárias parcerias com diferentes instituições desportivas ou de outras áreas laborais, tendo em vista a realização de estágios e/ou a celebração de contratos de trabalho.
   
   3. VALORIZAÇÃO.
   
   Atendendo ao impacto económico que o universo de agentes que gravita em torno do futebol tem nos mais diversos sectores da economia, assim como à dimensão que o fenómeno assume a nível global, o Sindicato propõe-se não só a criar os mecanismos necessários para que se desenvolva uma atividade empresarial vinculada ao exercício de futebolista, como também a estudar o seu contexto, por forma a compreender e a potenciar as diferentes valências do seu universo.
   
   4. COMUNIDADE.
   
   Ao abrigo do papel modelar que o futebol e o futebolista assumem na sociedade portuguesa, um carácter modelar, o Sindicato propõe-se a aproveitar esse capital social e, através do Programa de Educação e Formação, promover a prática dos bons exemplos, como a inclusão ou a solidariedade. A intervenção nesta área revela-se crucial, na medida em que se pretende que o desenvolvimento de ações com estas características no âmbito do futebol, dado o seu mediatismo, seja também motor de reconhecimento e consciência do desporto como importante ferramenta de educação social nos mais diferentes contextos.
   
   5. INTERNACIONALIZAÇÃO.
   
   Enquanto membro activo da FIFPro, o Sindicato pretende expandir o modelo de formação em desenvolvimento a outros parceiros deste organismo. Simultaneamente, e ao abrigo da relação próxima com as entidades congéneres sediadas nos Estados pertencentes à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e no espaço ibero-americano, pretende-se influenciar o desenvolvimento destas organizações relativamente ao enquadramento formativo do jogador de futebol nos seus países. Ao estabelecer um Programa de Educação e Formação tão ambicioso, é ainda objetivo do Sindicato afirmar a sua posição no seio de outros organismos internacionais que operam no âmbito do sistema desportivo e educativo, dignificando assim o desporto nacional e o país junto dos seus parceiros institucionais.